terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Mulheres aderem ao muay thai

Mulheres aderem ao muay thai

O muay thai, antes ensinado apenas nas escolas de artes marciais, agora virou a grande atração das academias de ginástica de São Paulo. Mulheres de todas as idades lotam as salas de aula para aprender golpes de defesa pessoal, que prometem queimar até mil calorias durante uma hora de prática intensa.
O treinamento é pesado. Pelo menos em 40 dos 60 minutos da aula, os alunos passam por um circuito de exercícios aeróbicos. Além de correr em círculo, fazem polichinelos, abdominais e flexão, sem parar. Só depois vêm os golpes. Valem socos, chutes e até ataques com joelhos e cotovelos.
O esporte começou a se popularizar entre as mulheres quando a apresentadora Sabrina Sato anunciou que sua boa forma vinha justamente da prática dessa modalidade de luta. Logo depois, foi a vez de a global Christine Fernandes se revelar uma adepta do esporte.
Na Reebok, o professor Roger Chedid montou uma equipe de personal trainers especializada em muay thai. “Antes, eu era o único da academia que ensinava a modalidade, mas surgiram tantos interessados que fiz uma lista de espera. Por isso montei um grupo com instrutores.” Entre os alunos estão a ex-panicat Dani Bolina e o seu namorado, o modelo Mateus Verdelho. “É uma das maneiras mais rápidas de entrar em forma”, diz o personal, ao explicar o motivo de tanto sucesso.
Há pouco mais de seis meses, a academia Runner resolveu testar a aceitação do público e colocou a atividade como uma aula especial de sábado. Apareceram 60 alunos, uma frequência três vezes maior do que em uma aula regular. Foi o suficiente para o muay thai entrar na grade horária em três das 12 unidades da Runner.
É mais difícil do que o boxe? “Na verdade não, mas tem uma quantidade maior de combinações de movimentos. Pede um pouco mais de coordenação”, explica o instrutor Tomas Cabrera, de 50 anos, coordenador de lutas da Runner. “E as mulheres gostam porque o muay thai trabalha perna e glúteo.” Segundo ele, de cada dez praticantes, oito são mulheres.
Em homenagem a elas, nas salas de aula da Runner, os acessórios seguem uma linha fashion. Há luva amarela e até pink. A universitária Fernanda Araújo, de 22 anos, sempre que pode escolhe a rosa. “Depois de três meses de aula, meu cruzado já está ficando bom. Além de aprender a me defender, a aula queima mais calorias do que o boxe tradicional.”
Inaugurada no fim do ano passado, a Concept, em Pinheiros, zona oeste da capital, oferece a versão light da modalidade. “Mesmo assim, precisa ter muito fôlego”, diz a cantora Marilda Teixeira de Almeida, de 46 anos, que acorda às 7 horas para fazer a aula. “É incrível. Às vezes, chego lá muito estressada e acabo descarregando tudo nos golpes que estou aprendendo”, conta Marilda, que é síndica do prédio onde mora. “Penso no zelador, nos moradores que não dão sossego. Solto toda a minha fúria ali na aula.”
Para encarar uma aula, segundo os professores, é preciso ter algum preparo físico. Caso contrário, há o risco de se machucar. Até porque os alunos ficam descalços e quem não está com a musculatura firme pode torcer o pé ou sofrer outros tipos comuns de lesão. “Já chorei muitas vezes durante a aula”, diz a estudante Fernanda, que achava os exercícios pesados. “Estou me acostumando. Mas ainda sou a que mais reclama dos exercícios de condicionamento físico.”
Para aprender o básico da luta, Cabrera diz que são necessários pelo menos seis meses de aula. Depois de dois meses de treino na academia, a estudante Renata Cristina, de 16 anos, diz que pretende competir. “Meu professor falou que logo posso partir para um treino mais sério, numa escola de artes marciais.”
Além de deixar o corpo malhado, o esporte tem vários benefícios, segundo o instrutor Ivan Albuquerque, de 24 anos, da Concept. “Dá equilíbrio, coordenação motora, força e autoconfiança. As mulheres aprendem os golpes de defesa pessoal para a vida toda.”

 fonte:blogs.estadao

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